domingo, 27 de fevereiro de 2011

CADA MACACO NO SEU GALHO

Já ouviu falar isso? Achei um jeitinho de conceituá-lo. Veja só:

Duvido que você já não viu numa festa, rodinhas de homens, jovens, mulheres que por sua vez se agrupam também por idade, fumantes, mães com filhos pequeninos, doenças ... e por aí vai! Cada um se sentindo bem no seu galho. Mas que "diacho" de reunião é essa? Eu já digo que é fragmentos de reunião.

Falando em galhos que é o tema, será que na floresta Amazônica há galhos suficientes para acomodar nossos políticos em sua maioria? os reis do petróleo? os Mubaraks? os Gaddafis? Bom... caso estejam apertados ainda temos a nossa Mata Atlântica. Que festa maravilhosa heim? Trinta, quarenta anos festejando de galho em galho, comemorando a mesma coisa?

Quando as "tribos" não são iguais geralmente há um tipo de conflito e se você não for suficientemente inteligente vai "cair do cavalo" ou melhor: Do galho.

Eu não acho legal, mas está difícil sair fora desse estigma que deu nome a este texto.

segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

ELIAS, MEU PAI

Meu pai faleceu aos 61 anos de idade, vítima de um infarto fulminante do miocárdio.

Não tenho muitas lembranças dele de quando eu era criança mas algumas ainda permanecem.

Meu pai teve uma educação repressora, formal e não se transformou nem um pouco ao nos educar; Hoje eu sei que era a forma de demonstrar o amor que tinha por nós.
Achava lindo as pontas de lápis que ele fazia. Um dia após apontar um, ele falou:
- Vamos ver como ficou.
Pegou um papel e começou a escrever o nosso alfabeto em letras tipo bastão e pediu para eu ir repetindo. Assim chegamos até a letra Z.
Eu não tinha idade para frequentar escola mas sabia que aquilo fazia parte do processo e achava ele um gênio. Sempre gostei de escrever com letras de forma e desse jeito não tem como esquecê-lo.

Uma lembrança que me vergonha: Quando cursei o antigo primário que ia do primeiro ao quarto ano, não existiam canetas esferográficas, eram canetas de pena e nós tínhamos que levar um vidrinho de tinta azul e outro vermelho que se encaixavam nas carteiras num lugarzinho especial para eles. O "maior barato" era um tal de mataborrão que usávamos para secar as letras. Pois é, a primeira vez que fui usar essa caneta foi em casa. Achava a tinta vermelha uma maravilha e queria usar rapidinho, como tudo que quero, então menti dizendo que a professora tinha mandado fazer uma cópia com a tinta vermelha.

E fiiiiiizzzzzzz! Hoje também sei que meu pai sabia dessa mentira vergonhosa e só eu criança me achando muuuuuuito esperta. Babaca mesmo! como toda criança que ainda hoje pensa que sabe mais que os pais.

quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

CHUVA

Tem chovido muito ultimamente. Como agora, estou na minha janela no terceiro andar olhando-a cair com muita força.
Linda natureza, mais lindo ainda é vê-la caindo lá do alto. Um enorme chuveiro vindo do céu em diagonal.

Num final de sábado quando estava voltando de uma visita à minha mãe, pegamos uma forte chuva de verão pelo caminho mas logo logo foi se acalmando; No lado direito do carro já estava saindo os últimos raios de sol daquele dia por detrás de uma escura nuvem. Um arco-iris apareceu maravilhosamente com suas cores fortes e nítidas. Asfalto, carros e toda vegetação ainda brilhavam por conta do restinho de chuva que permanecia. Se eu estivesse fora do carro iria sentir o cheirinho da grama e da terra, suave e agradecida.

Olhei para o meu marido e falei: Olha que lindo arco-iris! Ele com toda naturalidade do mundo, simplesmente respondeu: Hum hum! rsrsrsrs quebrou todo o meu encantamento e ainda percebi que estava sozinha nos meus pensamentos.

Mas eu concordo que ele estava certo, para quem está no volante o cenário é diferente e não dá tempo para ver as belezas do trajeto.

Outra coisa: Muito cruel quem pensa que a chuva é a causadora das tragédias que assolam nosso planeta.

terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

FRALDINHAS

Vou postar uma época da minha vida nada nada nada engraçada.

Quantas fraldas branquinhas cocozada com um romântico amarelinho precisei lavar do Harley. Um amarelinho que só melhorava depois de ficar de molho num balde com sabão em pó por várias horas. Meu varal mais parecia estar enfeitado com aquelas bandeirinhas de festa junina, mas só de uma côr. Depois de secas, passar uma por uma.

Essa cena se passou em 1971 e 1972 com a chegada da Shirley. Duas crianças cocozando diária e noturnamente. Enquanto era só amarelinho, tudo bem! pior quando começou a ficar mais escurinho. Era um perfume de "gardênia".

A fraldinha era presa com um alfinete da Johnson (chique, viu?) e tinha um detalhe azul ou rosa no lugar onde fechava.
Por cima dela ainda era colocado uma calça de plástico que com o passar dos dias ia ficando muito dura, portanto tinha que comprar logo uma outra. Tinha elástico nas perninhas.

Pobres bebês, ter que ficar com aquilo no verão tão desconfortáveis e quando colocava uma roupinha? Nada ficava elegante.

A vantagem de eu ter vivenciado essa época foi ter visto a evolução das novas fraldinhas agora descartáveis, sequinhas, cheirosinhas e tão fofinhas mas que meus filhos não precisavam mais.

Um momento de evolução em prol do bem estar dos pequeninos. Fico pensando: Qual será a próxima mudança dessas descartáveis maravilhosas?

As jovens mamães e bebês de hoje estão bem mais sossegadas no quesito: TROCA DE FRALDA. Sorte delas.

sábado, 5 de fevereiro de 2011

HOSNI MUBARAK

Que movimento bacana o povo egípcio está fazendo para promover a liberdade de uma eleição escolhida pelo povo.
Esse cidadão que há trinta anos está no poder agindo com mão de ferro e construindo um patrimônio milionário para si mesmo, está com os dias contados pois vi hoje nos noticiários que sua cúpula renunciou diante da gravidade dos protestos do povo.

Fico pensando que nós brasileiros há quarenta anos atrás passamos por esse mesmo processo.
Derrubamos a ditadura dos generais fardados e conseguimos eleger o nosso dirigente numa democracia maravilhosa. Pelo menos naquela época pensávamos assim.

Tancredo Neves foi o primeiro presidente eleito por nós; Coitadinho, morreu antes de tomar posse. Assunto meio polêmico da nossa história. Quem assumiu? José Sarney, até hoje mandatário de Brasília.

Muitos vieram e a corrupção que antes era escondida e assunto proibido pela imprensa, hoje é um diagnóstico aberto, escancarado, impune, odioso e revoltoso.
A cúpula em Brasília cada vez mais enriquecida e fortalecida entre os membros.

Fico pensando: Adianta fazermos novamente um movimento? Colocar quem? Bom ... "Tiririca" já colocamos; Romário, deputado federal e ex-jogador de futebol já no primeiro dia de sessão legislativa na Câmara, assina o ponto as 10:17 hs de uma linda manhã, pega um avião e vai para RJ jogar futevôlei.

O que me conforta é que outros países estão se espelhando na situação política do Egito e criando ânimo para mudanças mas que não se espelhem na nossa porque PODER E DINHEIRO é uma dupla forte demais para ser derrubada.