quarta-feira, 21 de abril de 2010

PARECE MAIS NÃO É CONTO DE 'CAROCHINHA'

Neste momento estou sendo saudosista. Sabem por quê?

SOU DO TEMPO EM QUE:
- Filhos obedeciam seus pais, raro algumas excessões como minha mana Cassilda, que às vezes se rebelava.
- Namorados não se beijavam nas ruas.
-As garotas tinham que se casar "moças" isto é: VIRGEM.
- Os cinemas não estavam dentro de shopping e ainda existiam uns funcionários com um cargo interessante chamado de LANTERNINHA. Eles ajudavam a pessoa que chegava atrazada para o início de sessão, encontrar um lugar vazio no meio daquela escuridão. Lógico que esses lanterninhas também enchiam o "saco" de quem estava namorando em vez de assistir o filme.

Pois é...um dia aconteceu isso comigo e meu namorado, hoje, meu marido.

Sabe aquela idade em que nossos hormônios estão fervilhando? O filme foi ficando para traz até que um desses lanterninhas nos surpreendeu nos beijos, colocando aquela lanterna indiscreta bem em cima de nós. Sentimos vergonha , mudamos de lugar e retomamos o filme que até hoje não sabemos como começou.

Agora, já ocorrido uns quarenta e cinco anos desse episódio, fico pensando nesse arcaidismo que nos privou de bons momentos. Imaginem então no tempo de meus pais e avós?

O meu casamento foi realizado como a sociedade exigia.
Essa mesma sociedade não sabia que a "temperatura" hormonal, com o passar do tempo não fervilha mais, mas sim se aquecem.

Hoje para mim, o que antes fervilhava tem outro nome: SINTONIA, ENCONTROS DE PENSAMENTOS, CUMPLICIDADE, PAZ, ALMAS GÊMEAS.

Meu respeito agora é entre nós dois.

Espero que não surja uma sociedade que possa achar o combate às drogas e corrupção , um assunto tão arcaico quanto um "amasso no portão" ou um beijo no cinema.