domingo, 31 de janeiro de 2010

MINHA MÃE ANÉSIA


Tantos ensinamentos que essa pessoinha já me passou que nem sei como começar.


Desde os quatro anos de idade ela já começou a perceber os percalços que teria no percorrer da sua existência. E nunca desperdiçou os momentos abençoados de aprendizado e melhoramento.


Tantos foram os momentos tristes pelos quais foi personagem principal, que só serviram de fortalecimento para sua vida.


Muito preocupada com a saude do corpo e da mente desde quando ficou viuva, que todos os anos faz exames de prevenção para que não fique doente e dê trabalho aos filhos. Exercita a mente morando sozinha, calculando e planejando tudo a cada dia.


Não deixa passar mais de três dias com baixo astral, reage logo dizendo: NÃO QUERO E NEM POSSO CONTINUAR ASSIM. Está sempre passando uma fortaleza, mas sei que por traz disso tem uma fragilidade que respeito pra "caramba".


Embora ela seja uma dessas poucas pessoas que sabem ouvir o próximo, comigo as vezes é o contrário, pois fico um bom tempo ouvindo-a contar suas histórias que geralmente são tristes mas muito construtivas.


Minha mãe viveu num tempo em que mulheres não podiam rir nas ruas e muito menos passar em frente de bares porque senão eram vistas com "outros olhos", no entanto acompanhou a transformação até os dias atuais sem indignação.


Enfim, amo essa guerreira que me deu sua genética e devo a ela também, algumas mudanças que fiz em minha vida. É isso aí. A homenagem está feita.

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